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jake_olp

fear 12/05 - POV4

May 12th, 2020
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  1. Após sair do quarto, Jake estava mais calmo de fato e fora por isso que tentou insistir novamente em ir para Londres. Ele precisava tentar mais uma vez, não iria se perdoar se não tentasse até se cansar. E para a sua infelicidade quem estava presente não era Hipnos, mas Phobos. Foi sonoro o momento em que engoliu em seco. Ele conseguiria lidar com o deus psicopata? Provavelmente não. Mas já não tinha o que perder, então valia a pena tentar.
  2. A conversa se iniciou até calma, Jake tentou argumentar sobre seus motivos mais que óbvio, mas não estava entendendo o porque eles estavam o segurando ali dentro. Parecia só uma tortura, o prazer do trio em ver o sofrimento dos outros. O semideus não se surpreenderia se fosse realmente apenas isso. Eram deuses que causavam dor no fim das contas, era de se esperar que não tivessem qualquer tipo de compaixão.
  3. Não somente isso, durante sua discussão sua visão começou a se distorcer. Tudo sumiu e ficou escuro, um breu onde não se via nada. Absolutamente nada. Estava na cara que era uma visão provocada pelo deus e mesmo tendo consciência disso, Jake não parava de sentir aquela coisa terrível que lhe tomava o corpo. Um misto de impotência e medo, mas não só isso, era solidão. Solidão em seu puro estado, daquela que dói e arrebenta com o coração de forma quase que literal. Ele sempre achou que seu maior medo fosse perder a mãe, e isso tinha ocorrido naquele mesmo dia, pensou que não teria mais qualquer medo dentro de si, porém descobriu que, na verdade, não era medo de perder a mãe. Jake tinha medo de ficar sozinho.
  4. Sua mãe era sua companhia, a única pessoa que amou incondicionalmente em toda sua vida, mas não só isso, o garoto projetava nela todo o amor que sentia por todas as outras pessoas que também amava, como se tivesse centralizado tudo na figura materna. E agora ela se fora e seu medo de ficar sozinho se tornou maior do que ele mesmo.
  5. Ninguém estava ali para ele, naquela visão, nem Aspen, ou Kas, ou Sawa, seus priminhos e seus avós (por mais casca grossa que fosse), seus novos amores que começavam a lhe preencher o peito de forma diferente.
  6. Não havia ninguém, nada e nem ninguém.
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